quinta-feira, 26 de março de 2009

parte I. Cap -03-

Após sete dias eu ainda era apenas um cadáver, porém o fato é que eu deveria ter começado a me decompor, e depois desses setes dias desacordado eu abri os olhos de súbito revirando-os na orbita registrando mais rápido do que o normal tudo o que eu via todos os cheiros que eu sentia todos os calores e gélidos que em meu corpo percorria. E não, O meu corpo ainda não havia se decomposto, apesar de sentir-lo diferente ele ainda estava inteiro.Então mais uma vez fechei os olhos e por mais um dia dormi. E no sono vaguei em sonhos que me eram estranhos. Sonhos esses que de fato não cabiam a eu sonhar. Eram sonhos de outras pessoas, sonhos em que elas desejavam coisas que eu jamais havia pensado antes que pudessem agradar alguém, outros sonhos simples. Alguns gananciosos outros sonhos impossíveis de se realizar, e alguns, os mais medonhos que já pude registrar. Sonhos imortais. Sonhos em que pessoas simplesmente queriam ser imortais por amor, por dinheiro, ou por uma amizade de infância. Eu ainda dormia quando fui acordado por uma coisa gelada roçando em minha pele. Algo deliciosamente atraente e convidativo, algo que aguçava meus sentidos todos. E alem disso havia um perfume no quarto onde eu ainda estava que me fazia delirar e enlouquecer.Acordei e sentir-me sendo abraçado por um anjo, de pele translúcida e fria. Kristanna após oito dias estava me abraçando e alisando meu rosto que tinha a barba por fazer, parecia se divertir.Ela havia entrado no quarto e se deitado ao meu lado, e havia acariciado meu rosto e peitoral.

Quem é você? – Eu a questionei com o semblante sonolento. Além de faminto. – Já o dela se contorceu esplendidamente em um sorriso de lado. Então com um olhar ainda mais esplendido, da minha face ao meu pescoço e desde ao meu abdômen, ela voltou a olhar minha face, especificamente meus lábios que ao questionarem se moveram lenta e singelamente.

Sabe quem sou. E sabes o que somos, sabe quem és agora, o que és. – Ela disse com a voz musical, algo que pareceu que ela sempre dizia. o que talvez fosse ensaiado ou repetido milhares de vezes.

Sei que és louca... Sei que vós e os outros também sois loucos – eu disse com a voz ríspida e tentei me levantar. É claro eu ainda estava amarrado e nem pensei em forçar muito as correntes, agora era o próprio metal que envolvia os meus punhos e era provável que eu acabaria por feri-lo gravemente.
A mulher pousou a mão sobre meu peito quando viu-me fazer tal tentativa. Talvez ela estivesse achando que eu seria capaz de arrebentar as correntes.

Assim como se tornaste um de nós agora, Josh! – Ela disse sorrindo serenamente olhando meus olhos, e naquele momento desejei mais uma vez poder sentir o gosto dos lábios dela, sentir também o doce sabor do seu sangue, sentir e acompanhar o seu fluxo.
O que você é? – Foi uma pergunta absolutamente sem sentido. Mas o modo como aquela mulher me atraia era tão estranho que mesmo que eu não a quisesse ela me fazia querer-la. E mesmo que eu a odiasse mais do que tudo eu ainda desejava-a mais, o meu ódio por ela parecia ser minúsculo perto do meu desejo por aqueles lábios, aquele gosto de sangue.

O que sou eu? O que sou eu? – Ela disse agora com o semblante divertido e zombeteiro.

O que é você! –Eu afirmei zangado olhando-a. Ela riu-se e me selou os lábios. –

Sou o que você sempre desejou, sou a fome, sou a sede, posso passar cem mil anos sem comer e ainda sim não morrerei, posso dormir cem mil dias sobre o gélido gelo e mesmo assim não congelarei, posso beber cem mil litros de sangue e mesmo assim eu não explodirei... Eu sou Kristanna – Ela disse olhando-me tão fixamente que tive a sensação de que ela podia ver a minha alma.

Eu sou como você, Josh querido, sou uma vampira!Uma vampira? Aquela linda mulher só poderia estar brincando, ou então estar ficando tristemente psicótica.

O que? O que eu... Sou? – Eu perguntei com se tivesse levado um golpe forte na cabeça e ainda estivesse meio tonto.

Você é um vampiro! – Ela disse olhando-me agora sem expressão. Eu não pude deixar de arregalar os olhos e me debater para me soltar, eu não queria acreditar, apesar de que a voz musical dela não carregar mentiras no momento eu não queria acreditar. Talvez ela tenha percebido, pois ela se levantou da cama e se postou em pé ao meu lado e mais uma vez pegou o canivete, então mais uma vez cortou o pulso e o pequeno corte que a lamina do objeto desferiu na carne dela começou a sangrar, de uma cor vermelha intensa que brilhava mais do que qualquer outra coisas e chamava a minha atenção tanto quanto ela em si chamava.

O que esta fazendo? – Eu perguntei com os olhos grudados no ferimento dela, e no sangue que escorreu lenta e suculentamente na pele branca dela.

Eu, nada... E você? – Ela disse com o olhar sensual e um sorriso divertido olhando para mim. Foi então que reparei que estava apertando as correntes e as puxando com força e pouco a pouco me levantando da cama. A corrente estava simplesmente sendo contorcida e amassando-se. - Eu arregalei os olhos e parei e apertá-las. - Mas o fato era que eu ainda mais do que antes quis o sangue dela, e minha garganta estava seca e meu estomago pegava fogo.

Vamos Josh, você precisa se alimentar! – Eu a olhei tristemente e mesmo desejando aquele sangue eu não poderia estar me tornando um canibal.

Não tem nada para se comer, a não ser isso? – Eu me referia á comida normal, e sim me referindo à carne e arroz, coisas do tipo.Não á sangue, por mais que aquilo me seduzia e me prendia a atenção, por mais que o sangue dela tivesse um cheiro doce e um gosto ainda mais.

Não, Josh querido. – Ela disse singeleza e estendeu o punho, eu a olhei com amargura e ódio e tentei me virar na cama, apensa o rosto pode ser mudado e ela pareceu se enfurecer, então saiu do quarto com uma expressão de muito poucos amigos. E depois daquela noite ela não voltou àquele quarto nas ultimas quatro semanas, eu já estava faminto e mais do que isso, estava surpreso com o fator de ainda estar vivo, sem me alimentar nem dormir. Na verdade o sono não vinha, por mais que eu tentasse, assim que eu entrava em completo silencio aquelas vozes e sonhos invadiam minha mente. Eu podia escutar os desejos das pessoas, suas orações e suas dividas mais bizarras, seus temores, seus planejamentos. Tudo que pensavam. O problema era que isso acontecia descontroladamente, e todas aquelas vozes estavam deixando-me louco, confundia-me de maneira que mesmo que eu pudesse dormir mais uma vez. Eu não conseguiria pela agitação em meu cérebro. Eu então ficava deitado e acorrentado no canto da cama no breu do quarto olhando todos os detalhes que nele havia, alem da cama, o guarda-roupa, o pequeno bidê, o majestoso cão bulldog, e um empertigado gato persa, ambos os animais de pedra. Talvez de mármore ou apenas argila. Era indefinível, naquele escuro, mesmo para mim. Entretanto elas estavam voltadas uma para outra em posições magníficas e ameaçadoras estatuas. Após exatos um mês e sete dias, Kristanna voltara ao quarto. Trajava as vestes negras e usava o cabelo em um rabo-de-cavalo lindo, trazia com sigo um copo vazio de cristal, e tinha um sorriso nos lábios.

Boa noite, querido! – Ela sorria fitando-me agradavelmente, por algum motivo eu fiquei feliz em vê-la. Não respondi, ela suspirou e tentou manter o sorriso em seus lábios.

Ok... Como foram seus dias? – Ela disse andando de um lado ao outro do quarto olhando-o por completo, balançando a taça em sua mão.

Estou faminto, por que isso? Por que fez isso comigo? – Eu só faltei chorar olhando-a.

Eu lhe dei um presente meu querido Josh, lhe dei o resto da sua vida ao meu lado. – Disse ela com um sorrisão de orelha á orelha, e então ergueu a taça mostrando-a á mim.

Eu suspeitei que estivesse com fome, e vim trazer um lanchinho... – Logo achei que fosse uma boa coisa, e minha boca salivou ansiando pelo tal lanchinho.

Há quanto tempo estou aqui? – Quis saber olhando Kristanna. Ela sorriu e se aproximou mais, colocou os lábios colados aos meus e sussurrou. –“Há uns trinta e oito dias, querido” Disse selando os meus lábios com os olhos fechados e um sorriso frio no rosto. Eu arregalei os olhos e a olhei, assim que se afastou eu não pude pensar em mais nada, só queria mais uma vez ter a sensação dos lábios dela.

Como é possível? –Eu disse olhando-a e ela riu estridente.

Você me ouviu dizer que você é um vampiro? – Ela disse friamente agora olhando-a, então se afastou lentamente e ajeitou as vestes.


[...]continua.

terça-feira, 3 de março de 2009

Cáp. -02- “O princípio”

Naquela Semana mais uma vez eu acordei. Quase que em um salto. Olhei para os lados e tentei me levantar da cama. Tentei me libertar, tentei sair dali e correr. Claro em vão eu ainda estava preso pelas correntes. E ainda estava quase que completamente Despido.

Merda! – Disse olhando para os lados na espera de ver alguém entrar e dizer que era uma pegadinha aquilo tudo. Contudo ninguém apareceu. Mais uma vez forcei as amarras e ouvi algo estranho. A parte que prendia meus pulsos era feita de couro e parecia estar se partindo.

Ótimo... Ótimo... –Disse olhando e pensando em algo – Então me veio a resposta. – Coloquei os dedos dentro das carreias de couro e puxei com todas as minhas forças e elas começaram a ceder-se parte por parte, ela ia se consumindo e rasgando. Usava todas as minhas forças, mas estava tão fraco e cansado que mal podia mover o pescoço no colchão macio, mas a cada dia eu conseguia quebrar um pouco mais as amarras.E depois de exatos quatro dias trancado no quarto escuro eu estava tão faminto e sedento que o desespero era a única coisa que eu sentia, e por isso eu tirava força desse e de outro sentimento; O medo. Aquele quarto era tão frio e escuro e a sensação de estar sendo vigiado começou a me afetar de um modo aterrorizante.

TIREM-ME DAQUI... VAMOS... CADE VOCÊS? SOLTEM-ME! –Eu gritava, mas ninguém aparecia e eu fazia ainda mais força. Mas vi que gritar não ajudaria em nada, então suspirei fundo já com muito medo.

Alguém ai... Ajuda-me... – Disse baixo, porém audível. Foi então quando a porta do local se escancarou e a claridade invadiu o local, duas figuras femininas estavam paradas contra a luz, e por isso eu não podia ver as suas feições de inicio, mas logo uma delas acendeu a luz do quarto e eu a vi. A mulher que trajava uma calça de couro preta colada, que delineava suas curvas perfeitamente, mostrando o belo corpo que possuía. Gélido e branco como mármore, uma obra-prima perfeita os cabelos no momento, negros e repicados, espelhados por cima do ombro e pelo meio das costas. Os olhos sedutores de uma cor chocolate no momento vasculharam em segundos o quarto e em menos de um segundo estavam fixos em meus olhos. Em segundos me encarando a linda mulher desceu os olhos para o meu abdômen que estava a mostra e seus olhos dançaram. Ela sorriu aparentemente desejosa e feliz, mas isso durou pouco, assim que ela olhou meu pescoço ela mudou de expressão. Seus olhos agora dançavam de forma diferente. Sedentos. Enfim eu consegui quebrar as correias nos meus pulsos e me levantei da cama e a olhei.

Até que enfim... Vamos me ajude a sair daqui, por favor, tem uma doida ai fora... – Olhei a outra figura que estava parada na porta. Mas a minha atenção voltou para a mulher linda, ainda mais linda do que a anterior, a qual me prendeu.



Ora, ora, ora. Aonde pensa que vai? – Ela disse segurando os meus braços novamente. Tentei me soltar dela, mas ela simplesmente tinha uma brutal força e com leves movimentos ela voltou a facilmente me deitar e prender.





















Se acalme. – Ela disse em uma voz surpreendente suave e doce, hipnótica e tranqüilizadora.
Eu estava com medo dela. Sua pele era fria e pálida, sua aura era pura trevas e seus olhos gritavam por algo que eu sabia que seria a minha morte. Eu sabia que de alguma forma ela sabia que eu estava lá, talvez tenha sentido o meu cheiro a 1 km do local.

Acalmar-me? Eu estou a mais de uma semana aqui... Você só pode estar brincando... Deve ser mais uma louca! – Disse ríspido olhando-a. Ainda sim encantado com a voz dela.
Ela então sorriu ainda mais encantadoramente.

Fique calmo, OK? Eu irei lhe ajudar... – Disse ela e passou a ponta dos dedos gélidos em minha face, percorrendo o contorno do meu rosto, ela parecia gostar do desenho que formava. Eu arrepiei com o toque gelado dela. Com medo do que estava prestes a acontecer, mas a sua voz e beleza me cativavam tanto que eu comecei a desejar-la de forma estranha.

Me desamarre, por favor – Eu supliquei enquanto ela se sentava ao meu lado, na beira da cama. Então senti o cheiro dela e ela o meu. Então olhou a outra figura na porta e sorriu.

– Hinata! – Ela disse sorrindo á menina - Hinata a menina de pele pálida translúcida que mais parecia colorida com tinta que imitava a neve tinha olhos diabólicos e ao mesmo tempo encantadores. Uma coloração negro-avermelhada á um intenso dourado sempre estava em mutação.Seu negros cabelos compridos iam até o meio das costas e na franja haviam mechas em tom roxo, o que dava uma estrema sensualidade para a garota, mesmo aparentemente tendo menos de 19 anos . Ela parecia ser daquelas que falavam pouco. E suas feições sérias indicavam que ela era uma menina fria e calculista. Estava vestida com uma calça jeans escura e coturno até os joelhos, igualmente escuros.Uma mini blusa de alças na cor roxa e um sobre tudo de mangas longas e que cainham-lhe até o inicio do coturno. Quem visse diria que era uma espécie de satãnista ou gótica – Se aproximou com um sorriso no rosto. Então a mulher, mais velhas voltou a me olhar e sugou o ar em nossa volta. Surpreendi-me com a expressão de egoísmo dela. Com um sorriso ela abriu a boca para dizer algo, mas a cortei bombardeando-a com perguntas.


O que esta fazendo? – Ela me olhou com uma cara de quem pensa “Nossa que criativo” Mas eu insisti nas perguntas. – O que você quer? – Ela sorriu surpresa com a própria expressão e provavelmente com próprio pensamento. – Quem é você? – Ela suspirou e me olhou então se inclinou e beijou os meus lábios. Aquele beijo me atingiu de uma forma que me faz calar. O meu sangue ferveu e eu retribui o beijo. Talvez ela tenha percebido que eu a desejava e se aprofundou no beijo. E assim como eu ela também começou a se excitar, em logo ela percebeu isso, pois parou o beijo e mostrou os dentes caninos dela, mais afiados e longos do que de qualquer outra pessoa, seu dentes brancos perfeitamente alinhados brilhavam sedentos por uma inoculação em minha carne, ela pegou no meu pescoço e virou meu rosto. Então sem demoras ela deu uma deliciosa lambida nele, eu a olhei, e ela, percebeu que eu não queria tanto assim ficar vivo, não era o que eu mais desejava, mas ela não ligou e subiu em cima da cama ficando por cima de mim. E começou a me beijar mais uma vez, então virou-se para a menina chamada Hinata e piscou, a mesma sorriu e se aproximou ainda mais.A mulher em cima de mim em um movimento brusco e forme apertou o meu pescoço e soltou um chiado frio e sombrio. Então inoculou a suas presas na carne do meu pescoço – a dor me atingiu e me fez gemer e apertar o que estava ao alcance das minhas mãos. - Hinata parecia sorrir friamente olhando a cena. E a outra mulher drenou o meu sangue. Talvez um gole, pois foi rápido. Então se virou para a menina e disse ríspida e egoísta. Não parecia querer dividir.



Não o mate, apenas se alimente... – Ela continuou a me segurar firmemente e virou o meu rosto para o outro lado deixando a outra parte do pescoço à mostra. Eu já nem lutava mais. Apenas as odiava com todas as minhas forças. – Hinata deu a volta na cama olhando de mim para a mulher com um sorriso no rosto, então ao se aproximar o bastante ela se ajoelhou ao meu lado e fez o mesmo processe do que a mulher anteriormente havia feito. E os olhos dela estavam mais dourados do que nunca. Ela drenou por alguns segundos o meu sangue, o bastante para a se alimentar. Enquanto isso eu sentia o olhar da outra mulher, lambendo os lábios querendo que Hinata acabasse de uma vez e não me matasse ela aguardou até a menina me soltar e se afastar feliz e satisfeita. Eu estava tão fraco que nem respirar era mais possível para mim. Então a mulher se afastou e se levantou, postou-se ao meu lado de pé e sorrindo sadicamente esticou o braço e fez um corte com um canivete que provavelmente ela pegara em cima do bidê.


Beba! – Ela disse e deixou as gotas caírem em meus lábios, eu não quis tomar o sangue, e os ferimentos em meu pescoço ainda estavam abertos, o que fazia o meu sangue escorrer ainda. Eu estava fraco e vendo aquilo a mulher piscou algumas várias vezes e pareceu se zangar, com a mão livre agora, ela segurou forme meu maxilar e me fez tomar o liquido frio e ao mesmo tempo quente que saia de dentro de suas veias, um liquido viciante.
“És meu agora, o quero até que me enjoe e você não mais me satisfaça. Seguir-me-á até quando eu quiser Vampiro Josh”

Eu a ouvi pensar no segundo em que as gotas do seu sangue percorreram a minha garganta a baixo. Perguntei-me como sabia o, meu nome. E ainda mais por que me chamara de “vampiro Josh”.
O sangue que escorria dos ferimentos do meu pescoço imediatamente se estacaram e o meu corpo de repente se enrijeceu a dor me atingiu com brutalidade e sem piedade.Cada um e todos os músculos do meu corpo pareciam estar sendo dobrados e puxados em todas as direções. Eu senti a morte puxar pelos pés e morder a minha alma. Querendo-a. A mulher ao meu lado apenas sorria, a anjo das trevas que ali se encontrava, a embaixadora das trevas havia me dado a morte eu estava morrendo muito rápido, e ao contrario do que as pessoas diziam. “a morte rápida não dói”. Meu corpo estava em chamas e a pior das dores atingia até a minha alma amaldiçoada pelos lábios daquela mulher. A menina Hinata estava agora ao lado da deusa das trevas e sorria psicótica e olhando do meu corpo que se debatia aos olhos brilhantes da mulher ao seu lado a questionou.

Kristanna, por que não o matou. O que pretende com ele? Ele vai mesmo sobreviver, ele foi mordido por duas... – Ela disse ainda com o mesmo sorriso infantil, porem diabólico, apesar de ela parecer uma menina de quinze anos com todas aquelas roupas cobrindo-lhe o corpo. A sua expressão agora era muito parecida com a da mulher ao lado dela. Kristanna. Assassina e cruel.



Ele será meu. Apenas meu, pequena – ela responde á menina com um sorriso singelo nos lábios e voltou a me olhar. Esperando que a minha morte se concretizasse o mais rápido possível

Bem-vindo querido! – Kristanna disse depois que o meu corpo se tornou imóvel e gelado. Eu deveria ter morrido àquela hora, e mesmo que eu estivesse consciente e muito, muito fraco ela a vi se ajoelhar ao meu lado e beijar os meus lábios, antes de passar os dedos em minha face e olhar a menina ali.

Entende como acontece, né? Primeira lição, minha querida... – Ela disse mais uma vez para a Hinata com aquela voz fria dela. Então pegou em seu ombro e começou a andar para fora do local.

Sim ama, eu entendi completamente! – A menina de cabelos negros mechados de roxo disse baixo para a mulher ouvir e juntas saíram do quarto andando lentamente.Apesar da menina parecer novata, a menina parecia entender tudo muito bem.Então deixaram o meu corpo inerte sobre a cama, gelado e sem vida. A pele Pálida como neve e sem vida como uma pedra. O meu cadáver jazia sobre aquele colchão amaldiçoado. Eu estava completamente diferente, não era, de forma alguma, o mesmo Josh que sempre fui. Era um morto agora. Sem vida ou sentimentos.A partir dali, estava claramente óbvio que seria o inicio. O meu inicio.

Ao menos um dos mais íntimos dos desejos do meu coração estava realizado. Mas de alguma forma eu sabia que aquilo não acabaria ali. Mas eu estava furioso de mais para poder fazer alguma coisa, estava aprisionado no quarto e nada iria me tirar dela agora. Eu só queria estar morto para todo o sempre. Era ótimo estar odiando com todas as minhas forças aquelas mulheres. E aquela garota.Era magnífico estar abominando elas de forma que a minha alma, perdida aonde quer que fosse pudesse sentir-se melhor.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Capítulo -01- “A linda dama da noite”


Londres, inicio do século XX . Queria esquecer as coisas. Queria pelo menos não me lembrar da minha filha doente, queria apenas pensar que um dia minha pequena Pâmela ficaria melhor, e que sua mãe me deixasse ajudá-la. Minha filha tinha uma grave doença, algo que não era conhecido até então, algo que a mataria em poucos anos. Talvez em um ano – Eu caminhava com lerdeza pela rua e tudo estava parado. – Tinha acabado de me mudar para Londres deixando a minha “família” em nova York. E estava a ponto de me separar da minha esposa, a ponto de assinar os papeis do divorcio. Nada parecia fora do normal aquela noite a não ser o silêncio e o frio que não era algo normal. Parecia que logo-logo aconteceria algo comigo, e para ser honestamente sincero, a minha vida já não me fazia mais sentido, já não me tinha mais graça. Como disse, o frio anormal naquela época do ano me gelava a espinha e me dava fortes calafrios. Era algo que atingia até o mais escondido dos ossos e gelava até a gota mais quente de sangue. Algo me atingiu e fez ter mais frio ainda. O medo me atingiu e comecei a correr com pressa para o meu apartamento no outro lado da cidade, mas algo me surpreendeu e me fez parar. Uma criatura estava parada um pouco a frente. Um anjo talvez, uma linda e bela dama de pele clara e postura imponente.

A mulher era uma perfeita modelo. Uma altura média de 1, 84 cm e pele branca como a neve, uma obra de arte esculpida em mármore branco. O seu olhar era hipnótico e sedutor. Eu nunca havia visto uma mulher tão bonita quanto ela. Nem nas maiores revistas de beleza.Ela usava uma roupa sexy, a ponto de atrair qualquer homem e deixá-los aos seus pés.
Seus cabelos negros cainham-lhe pelas costas e ombros de forma a parecer uma deusa da perfeição. Seus olhos estranhamente claros me fizeram temê-la. E ao mesmo tempo desejá-la. Ali provavelmente se encontrava uma criatura divinal, ou diabólica. Eu não sabia dizer. Só estava encantando de mais com a sua beleza. Tudo nela me atraia. Seu cheiro que mesmo de longe chegava as minhas narinas e me provocava. Seu olhar, ameaçador e hipnótico. Seu andar que com apenas dois passos fez-me praticamente correr ao seu encontro. Mas um olhar dela na direção do meu pescoço fez meu medo aumentar e então reagi de forma menos esperada por qualquer um dos dois.

A mulher pareceu sumir do nada após me dar uma boa e estudada olhada, a qual pareceu até mesmo sentir o calor do meu corpo que era sem sombra de duvidas o que era mais quente naquela noite. Comecei a correr e sem para a nem um segundo dobrei um beco e continuei a correr – Eu ainda me encontrava em Kew Gardens e a cada passo me parecia que esfriava mais.Meu corpo chocou-se contra outro corpo e pude ouvir um gemido de dor e o som do corpo se chocando contra o solo da rua.

Ai... Olha para frente mentecapto... – Disse a voz muito bem conhecida.
Hemili? – Eu sabia exatamente quem era e mesmo ela tendo usado palavras não necessárias para aquilo fiquei feliz eu ver que era e então sorri e olhei a mulher linda de pele clara e olhos azuis. Ela tinha algumas sardas que a deixavam extremamente sexy. Sorri e estendi a mão para ajudá-la.
Joshep? Josh? – Ela sorriu me olhando e aceitou a minha ajuda e pegou em minha mão, eu então a levantei sorrindo e sem mais demoras nos abraçamos.
Em carne e osso, senhorita Rose!

Carne osso e músculos... Poxa vida O que tem feito, Josh? - Ela sorriu e deu língua sorri olhando-a a tempos não a via, a última vez fora no tribunal no caso em que trabalhamos juntos contra um deputado acusado de fraude e narcotráfico.

Na verdade nada... Só tenho feito exercícios para distrair os pensamentos e estava fazendo uma caminhada noturna para esquecer os problemas. E você, o que esta fazendo? – Sorri olhando para os lados sempre esperando rever a mulher. Então olhei Hemili e sorri ao reparar que vestia roupas largas que lhe cobria o corpo obscurecendo-o. – Só a minha caminhada noturna. – Ela respondeu sorrindo e acompanhando o meu olhar.

Algum problema? – Ela quis saber. E perguntou em um tom bondoso.

Não, não. Er... Precisamos colocar os assuntos em dia. Quer tomar algo em algum bar pela cidade? – Ta eu queria desabafar, e ela era a minha única amiga. Amiga de verdade, ou amiga.
Ah... Josh me desculpe. Mas tenho que preparar as minhas aulas. Agora sou professora de Sprachcaff ... A escola local. – Ela disse com orgulho sorrindo.

Ah, sei qual é, nossa professora. Que legal... É uma ótima escolha. –Disse sem graça, sorrindo.

É... Mas Josh, agora eu tenho que ir, mesmo. Outro dia agente se vê?

É claro que sim. – Respondi a pergunta dela sorrindo. Então ela beijou a minha face e sorrindo começou a se afastar, em uma espécie de Cooper então deu um ultimo aceno antes de sumir de vista pela rua escura. O frio mais uma vez me acertou mais uma vez, e ainda mais forte. Comecei a caminha para algum lugar que não lá. Via sombras em todos os lugares e agora eu achava estar ficando louco. E com um bocado de medo comecei a correr, corria como nunca havia corrido antes. E mesmo com aquele frio que fazia eu suava muito – Foi quando dobrei a esquina da rua e parei, ficando estático. E ali estava mais uma vez a dama da noite. Fabulosa esplendida.

Você corre bem. – Disse ela a um metro de distancia com a sua voz encantadora e ao mesmo tempo fria. Sedutoramente ela começou a caminha para se aproximar e eu só conseguia olhar-la e mais nada. Provavelmente eu estava sem respirar a alguns segundos.

Respire! – Ela ordenou e então eu suguei o ar enchendo mais uma vez os meus pulmões de oxigênio. Isso fez meu peito arder, mas logo me esqueci da dor ao sentir o seu cheiro, seu perfume. Era inacreditável como tudo naquela mulher me atraia tanto. Mas mesmo assim eu não conseguia me mover.

Ela irá gostar... Deve ter uns trinta anos... – Disse ela baixinho – Vem comigo meu caro rapaz! – Sem mais nada a dizer ela segurou-me pela gola das vestes e simplesmente senti o chão deixar os meus pés, o oxigênio esvair das minhas narinas e o cérebro parar de funcionar. Talvez tenhamos viajado por dentro da água por horas, eu estava inconsciente e com muito frio. Eu não poderia dizer por quanto tempo eu dormi mas sei que dormi. Agora estava em um local diferente de todos dos que eu já havia visto; Com aparência medieval o quarto tinha grandes janelas com barras de ferros cobertas por grandes cortinas magras. Ao lado dela um armário de madeira real numa cor de mogno. Algumas cadeiras espalhadas pelo local e uma cama de colunas e cortinas de seda a avermelhado. – Eu me encontrava nos braços da mulher. Como eu não sabia, mas estava meio tonto e com agilidade ela me jogou na cama e como se tivesse conjurado correntes, me prendeu. Deitado na cama. Talvez ela soubesse que eu não iria ficar por lá por muito tempo. Não por vontade própria.

Bem-vindo ao meu covil. – Disse ela me olhando com um sorriso desdenhoso e olhar estranho. Parecia salivar ao olhar meu pescoço.

Onde estou? – Perguntei ainda tonto olhando o local até onde meu olhar poderia vasculhar.

Logo saberá. – Ela disse e saltou sobre a maca ficando em pé ao meu lado. Eu a olhei e desejei o corpo dela. Eu não sabia o porquê, mas mesmo com muito medo dela eu desejava-a de maneira nada decente.

Será uma ótima aquisição... – Ela disse e a vi passar a língua pelos lábios, o que me deu certo medo. Queria ir embora. Queria ver a minha filha.

Deixe-me ir, por favor. – Supliquei enjoado segurando-me para não ter ânsias.

Claro! – Ela respondeu e senti a maior das dores de cabeça que já tive. Ela havia me golpeado. Eu havia perdido a consciência. Então dormi como nunca. E eu nem ao menos havia percebido que havia mais uma mulher no quarto. Que logo saiu. Dois dias depois eu acordei. Estava faminto mais acima de tudo assustado. Perguntando-me onde estava. O quarto tinha pouca luz. E eu apenas via a luz que vinha de fora dele por baixo da porta. Estava agora praticamente desnudo, apenas com roupas intimas, o que mostrava muito do meu corpo. Me sentia pouco a vontade naquele quarto.

Ah, Onde estou? ALGUÉM ME AJUDE... ONDE ESTOU? – Gritei, mas ninguém respondeu, apenas senti um vento frio percorrer a minha coluna e gelar o meu sangue. Então com a minha força comecei a tentar rompera a corrente que me prendia. Mas sem sucesso algum comecei a ser vencido pela fome e cansaço.

Socorro... – Disse baixo, e pude sentir que algo debochava da minha dor. O medo me atingiu mais uma vez e então me encolhi na cama. Estava com frio também. E com uma puta raiva com a brincadeira de mau gosto que faziam comigo.
Pensando naquele momento em como seria o meu fim naquela alcova. E que seria aquela baliza matrona do ocaso.

Contos lendários, Prefácio, "O Vampiro Josh"

O que você faria se você se apaixonasse pela sua assassina?
Pela criatura que destruiu a sua família todinha?
O que faria se tornasse dependente dela?
O que faria se ela se tornasse a sua única razão de viver, mesmo depois da morte?
“Eu te amo. E a vida sem você seria ainda mais insuportável.”
O que faria?
Não quis me apaixonar. Na verdade eu só a odiava
“Tornou-se a minha deusa. Você é a minha criadora do anoitecer. Minha dama gelada. Minha vida”

“Morrerei por você, matarei por você.”
O amor é recíproco?
Cego?
Ou o amor é apenas uma reação química causada pelo desejo carnal?
O que faria se o seu amor fosse a mais fria e cruel das criaturas?
E se fosse ele quem te deu a morte?
...Mas agora me apaixonei.
E tenho apenas algumas perguntas;
Que graça tem uma vida se não ao seu lado?
Qual o meu propósito de vida? Para que viver para sempre e não viver com você?
Sempre pensei em como levaria a minha vida. Em como sobreviveria, mas agora sei que a pergunta certa é: Como será estar ao seu lado eternamente?
Esta é uma das minhas história, essa conta a história de grandes paixões e uma guerra, e uma vida vivida por Joshep Abrams.